Pão e Rosas

de Ken Louch (2000)

As irmãs Maya (interpretada por Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo), são trabalhadoras migrantes, de origem mexicana, em situação ilegal, empregadas de prestadora de serviço de limpeza de um prédio comercial no centro da cidade de Los Angeles. O destinou colocou Sam (Adrien Brody), ativista sindical, no caminho de Maya. Ele convence a jovem de Tijuana a apoiar e participar da campanha de organização sindical dos faxineiros contra a exploração dos patrões. Os trabalhadores faxineiros recebem salários miseráveis, não têm assistência médica, nenhuma proteção trabalhista e ainda suportam um patrão abusivo. O tema de Bread and Roses, de Ken Loach, é a luta contra a precarização do estatuto salarial do contingente de trabalhadores subcontratados do setor de serviços que, nas últimas décadas, cresceu bastante nos EUA e nos paises capitalistas. São trabalhadores assalariados sem tradição de organização sindical, constituído por proletários imigrantes, muitos deles ilegais, sem direitos, e disponíveis para a superexploração do capital. Devido a tal situação de espoliação de direitos, a luta proletária incorpora um largo espectro de contingência, assumindo, deste modo, a bandeira da justiça social. Enfim, busca-se constituir um patamar mínimo de direitos sociais capaz de dar-lhe um lastro moral para lutas sociais e políticas de maior envergadura. Além disso, tal bandeira de agitação tende a ser adequada ao nível de consciência de classe contingente de tais proletários ainda imersos em expectativas de mercado. A bandeira de luta por Justiça não põem em questão o sistema do capital, expressando, portanto, os limites (e alcances) da luta dos proletários precários.

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Published in: on 5, maio 2008 at 8:07 pm  Deixe um comentário